Compras - Empreendedorismo
Compras | Gerencie as compras de sua empresa
Nos tempos em que prevalecem, nas empresas, discursos sobre “fazer mais com menos” e de combate a desperdícios, a atividade de compras passa a ter caráter mais estratégico do que meramente funcional.
Os compradores são vistos como investidores, dada a influência no direcionamento de parte dos recursos financeiros disponíveis da empresa que gerenciam. Um recurso mal investido, por exemplo, é capaz de provocar prejuízos financeiros e operacionais. Portanto, uma compra é muito mais do que adquirir determinados produtos.
É em função de todo este contexto que vem ganhando destaque o discurso que o sucesso empresarial, antes das boas vendas, começa por um processo de compras planejado e devidamente voltado a resultados.
Sendo assim, um processo de compras requer da empresa uma análise antecipada da quantidade exata a ser adquirida, do tipo “na medida certa”. Não há mais espaço para desperdícios.
Isto pode ser feito pesquisando e compreendendo as demandas externas (necessidades dos consumidores) para, depois, determinar as demandas internas. O olhar primeiramente para fora da empresa é de fundamental importância para qualquer empreitada empresarial.
Depois de feito isto, a empresa deve identificar com quais fornecedores deseja trabalhar. Sabe-se que fornecedores para escolher não faltam. No entanto, será que eles correspondem às necessidades e expectativas de sua empresa?
Portanto, ao efetuar a escolha de seus fornecedores, vá muito além de preço e qualidade. Eles são importantíssimos, mas é preciso considerar aspectos como segurança e confiabilidade, pois qual o sentido de receber preço e qualidade em produtos de um fornecedor se, em contrapartida:
· ele não oferece a segurança de que suas entregas ocorrerão no prazo desejado?
• seus serviços e atendimento são insatisfatórios?
• ele não oferece reputação adequada para trabalhar com uma empresa como a sua, que tem diretrizes pautadas em determinados valores e princípios?
• ele... Faça, por conta própria, outras comparações com o que sua empresa julga necessária e tenha o resultado dos prós e contras.
Independente de qualquer contexto, estas relações comerciais devem estar permeadas pela confiança entre os dois lados, pela transparência na comunicação, por objetivos que se intercalem e, particularmente, por compromissos de crédito, ou seja, o fornecedor deve se esforçar, procedendo inclusive investimentos, para aperfeiçoar o resultado do que oferece à empresa ao longo do tempo; esta, por sua vez, deve honrar os compromissos de pagamento com aqueles que trabalham para ela.
Quem compra não pode deixar de praticar a negociação. E quando se fala em negociação, o que se procura não é exibição de forças, muito menos mostrar o poder de quem manda em quem e/ou de quem pode mais.
O estilo das negociações que se quer imprimir é “ganha-ganha”; que seja boa para ambos; que se trabalhe com argumentações justas, em todos os sentidos. Negociações que se prendem à discussão de preço têm limites e não estabelecem um sentido vitalício para as parcerias estratégicas.
As formas de compras devem ir além das especificações. Deve-se verificar se a empresa dá as condições do que deseja e depois promove alguns ajustes. É papel dos profissionais de compras criarem aberturas para que os fornecedores tenham liberdade para apresentarem sugestões de novas soluções.
Todo recebimento de produtos comprados deve, obrigatoriamente, estar acompanhado da inspeção. O controle rigoroso nestas situações é fundamental para assegurar que todo esforço determinado nas operações anteriores seja prevalecido. Caso algo esteja em desacordo com o esperado, deve-se estabelecer um contato imediato com o fornecedor para resolução das divergências.
Sua empresa deve fazer negócios com fornecedores que desempenham adequadamente um conjunto de funções, capaz de atender suas necessidades.
Afinal, é desta relação que a empresa vai ter condições de oferecer exatamente o melhor a seus clientes.
Tudo parte de uma relação em cadeia.
Matéria editada em março | 2004