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Finanças - Empreendedorismo
Finanças | Ferramentas para o controle financeiro
Planejar é importante na gestão de qualquer negócio. Controlar, muito mais. Pouco adianta traçar planos se não for feito o acompanhamento dessas ações. Assim, planejar e controlar são os lados opostos de uma mesma moeda, mas que se complementam.
Avaliar os resultados e o desempenho de qualquer empresa é, portanto, de fundamental importância para orientar sua condução no contexto competitivo em que se transformaram os negócios.
Tal prática sinaliza se os negócios caminham de acordo com os objetivos planejados ou necessitarão de modificações em seu curso.
Com relação a custos e despesas, por exemplo, a desorganização no controle afeta a lucratividade e pode, muitas vezes, enganar o empresário, ao ponto dele estar perdendo dinheiro quando pensa estar ganhando.
O problema maior neste caso é quando ele nem sequer conhece as razões que o levam a esta situação.
Até determinado momento, a empresa pode conviver com tal situação. No entanto, quando começa a crescer e gerar um volume maior de transações comerciais, ela acaba exigindo uma mudança de postura, muitas vezes até em condição emergencial, dado que se transforma em ingrediente fundamental para sua sobrevivência.
Pesquisa feita pelo Sebrae-SP apurou que aproximadamente 86% das micro e pequenas empresas do Estado de São Paulo não tinham qualquer sistemática para operar seus custos. Esse resultado retrata uma realidade marcante: a forma intuitiva é, muitas vezes, utilizada na administração das finanças.
Não obstante tais resultados, outras pesquisas indicam que, por questões culturais, o brasileiro não tem o hábito de buscar orientação para melhor fazer a gestão de suas finanças. Corretas ou erradas deve-se saber que tais decisões afetam rapidamente a competitividade de qualquer empresa.
Portanto, frente a estes apontamentos, qual a situação de sua empresa?
Se você tem as respostas, parabéns e continue assim, trabalhando com a prática do planejamento e, principalmente, com os controles.
Do contrário, comece a pensar nisto desde já. Uma ação inicial e bem simples é reservar, diariamente, um tempo para examinar as contas da empresa.
Uma atenção especial deve ser reservada às compras, pois para vender bem é preciso, antes, comprar bem. Um erro cometido no passado pode não ser recuperável, dependendo de suas circunstâncias.
Quanto às ferramentas importantes para exercer a prática do controle sobre as finanças da empresa, há os índices operacionais e financeiros.
Fazendo uso de dados obtidos através dos Demonstrativos de Resultados e do Balanço Patrimonial da empresa, podemos acompanhar seu desempenho e saúde financeira.
Através deles a empresa pode exercer a prática do controle comparando seus resultados, por exemplo, com os índices obtidos pelas melhores empresas do setor, além de fazer uma comparação com os resultados, mediante sua evolução ao longo do tempo ou em dado período.
Os índices operacionais e financeiros se dividem em índices de liquidez, de lucratividade e de endividamento.
De maneira bem resumida, pode-se explicar que os índices de liquidez determinam a capacidade para cumprimento de obrigações financeiras; os de lucratividade apresentam a rentabilidade das operações e o retorno financeiro das atividades da empresa; finalmente, os de endividamento retratam a relação entre os recursos que são proporcionados pelos acionistas e aqueles obtidos por meio de financiamento.
Se você não tiver conhecimento suficiente para a execução de alguns dos controles apresentados, recorra ao auxílio de profissionais especializados para colaborar na administração financeira de sua empresa.
O que está em jogo é a saúde financeira de sua empresa. Será que ela não merece o melhor de sua atenção?
Matéria editada em setembro | 2004
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